O II Fórum da Autoavaliação em Educação trouxe discussões aprofundadas sobre o papel da autoavaliação na melhoria dos programas de pós-graduação, abordando temas que reforçam a importância do desenvolvimento contínuo das instituições e a criação de redes colaborativas. As principais discussões incluíram: 

1. Fortalecimento dos Processos de Autoavaliação: Um dos focos principais foi a consolidação de uma cultura de autoavaliação nas instituições de ensino superior, destacando a autoavaliação como uma prática necessária para aprimorar as práticas pedagógicas e os resultados acadêmicos. O fórum sublinhou a importância de processos de autoavaliação para a promoção da reflexão contínua, permitindo ajustes estratégicos e a melhoria da qualidade educativa.

2. Impacto da Autoavaliação no Contexto Regional: Foram discutidos os desafios enfrentados pelas instituições localizadas em regiões menos atendidas, como o Norte e o Nordeste. A expansão da pós-graduação nessas regiões e a interiorização da educação, apontadas como medidas essenciais para diminuir as desigualdades regionais onde os participantes destacaram a importância de políticas específicas para apoiar esses processos e melhorar a distribuição dos programas de pós-graduação em todo o território nacional.

3. Engajamento dos Egressos nos Processos de Autoavaliação: A participação dos egressos foi um tema recorrente, sendo considerada uma fonte rica de reflexão sobre a formação oferecida e seu impacto na carreira profissional. O envolvimento dos egressos fornece uma perspectiva externa valiosa e ajuda a identificar lacunas e oportunidades para ajustes nos currículos e métodos de ensino.

4. Publicação de Obras sobre Autoavaliação: Durante o evento, foi lançada a obra “Autoavaliação em Foco”, que compila experiências e práticas de autoavaliação em diferentes instituições. O livro busca não apenas documentar esses processos, mas também servir como referência para outras instituições interessadas em adotar práticas similares. Este lançamento foi reconhecido como um marco na produção acadêmica sobre o tema, reforçando a importância da documentação e da disseminação de boas práticas.

5. Política de Avaliação da CAPES e Desafios da Autoavaliação: A conferência do Professor Robert Verhine abordou as diretrizes da CAPES e os desafios enfrentados pelas instituições na implementação de processos de autoavaliação que vão além da accountability regulatória, sugerindo que esses processos tenham um protagonismo mais significativo nas instituições. Foram discutidos os avanços e retrocessos do sistema de avaliação da CAPES, destacando a necessidade de maior autonomia para que as instituições possam adaptar as práticas avaliativas às suas realidades e contextos específicos.

6. Planejamento e Autoavaliação como Ferramentas Conjuntas: A autoavaliação foi entendida como uma prática que deve estar alinhada ao planejamento institucional, assegurando que o diagnóstico das práticas acadêmicas e administrativas contribua diretamente para os objetivos estratégicos da instituição sugerindo a integração da autoavaliação dos Programas stricto sensu com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), proporcionando uma visão mais ampla e estruturada para as ações futuras.

As discussões do II Fórum evidenciaram o papel fundamental da autoavaliação como uma ferramenta de autoconhecimento institucional, essencial para a inovação e adaptação das práticas acadêmicas. A troca de experiências e a formação de uma rede colaborativa fortalecem a capacidade das instituições de evoluírem em conjunto, apoiando-se mutuamente em desafios comuns e compartilhando soluções criativas e eficazes.