A educação em rede configura-se como uma abordagem inovadora e inclusiva, capaz de conectar diferentes instituições e comunidades em prol de uma aprendizagem colaborativa e contínua, promovendo a investigação e a construção coletiva de novos conhecimentos e produções acadêmicas.

Desde sua concepção, a iniciativa teve como objetivo estabelecer um diálogo entre pesquisadores da área da educação, especialmente aqueles envolvidos com avaliação e autoavaliação institucional, com vistas à realização de estudos e produções conjuntas no âmbito da Pós-Graduação em Educação. O fortalecimento dessa rede ocorreu por meio da expertise teórico-prática de seus integrantes. O convite priorizou a participação de líderes e membros das comissões de autoavaliação, bem como de grupos de pesquisa voltados às políticas e práticas avaliativas no contexto dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação.

O PPG Profissional em Educação do Unasp foi o pioneiro na articulação dessa rede, impulsionando a colaboração entre diferentes programas e promovendo um ambiente propício para o desenvolvimento de pesquisas e iniciativas voltadas à avaliação educacional. Nos anos de 2023 e 2024, a rede expandiu-se significativamente, tanto no número de Programas de Educação envolvidos, abrangendo diferentes regiões do país, quanto na intensificação dos debates e produções realizadas em encontros mensais de estudo. Essa ampliação também se consolidou com a realização do I e II Fórum Anual das Comissões de Autoavaliação em Educação, eventos que contaram com a contribuição de convidados internos e externos e enriqueceram ainda mais as discussões sobre avaliação e autoavaliação educacional.

A realização dos fóruns proporcionou reflexões aprofundadas sobre o papel da autoavaliação na melhoria contínua dos Programas de Pós-Graduação, destacando sua importância para o fortalecimento institucional e a criação de redes colaborativas. Entre os principais pontos debatidos, destacam-se:

a) a necessidade de fortalecimento dos processos de autoavaliação;
b) os desafios enfrentados pelas instituições para evidenciar o impacto da autoavaliação no contexto regional, reforçando a importância de investimentos em políticas específicas que apoiem esses processos e contribuam para uma distribuição mais equitativa dos Programas de Pós-Graduação em todo o país;
c) a relevância do engajamento dos egressos nos processos de autoavaliação, proporcionando uma perspectiva externa valiosa para a identificação de lacunas e oportunidades de aprimoramento nos currículos e métodos de ensino;
d) a necessidade de produções acadêmicas sobre autoavaliação que integrem fundamentos, experiências e práticas de diferentes instituições, promovendo um referencial teórico e metodológico sólido;
e) a importância de garantir maior autonomia às instituições para que possam adaptar as práticas avaliativas às suas realidades e contextos específicos, considerando a Política de Avaliação da CAPES e os desafios inerentes à autoavaliação;
f) o entendimento da autoavaliação como um processo alinhado ao planejamento institucional, assegurando que o diagnóstico das práticas acadêmicas e gestoras contribua diretamente para os objetivos estratégicos da instituição. Nesse sentido, foi sugerida a integração da autoavaliação dos Programas Stricto Sensu ao Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), proporcionando uma visão mais ampla e estruturada para as ações futuras.

As discussões evidenciaram o papel essencial da autoavaliação como uma ferramenta de autoconhecimento institucional, fundamental para a inovação e adaptação das práticas acadêmicas. A troca de experiências e a formação de uma rede colaborativa fortalecem a capacidade das instituições de evoluírem conjuntamente, apoiando-se mutuamente na superação de desafios e compartilhando soluções criativas e eficazes.

A autoavaliação em rede fomenta a participação ativa e o diálogo entre os envolvidos, promovendo um processo mais democrático e inclusivo de análise e aperfeiçoamento das práticas educacionais.

Diante desse avanço, em 2024 foi organizado um subgrupo de trabalho para a oficialização da Rede de Avaliação e Autoavaliação na Pós-Graduação em Educação no Brasil. Esse grupo estruturou-se a partir de princípios mais amplos, que se desdobram em objetivos gerais e específicos, bem como na definição da composição da rede e das responsabilidades de seus integrantes.